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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO GI 2017

Atividade física e sobrevida no câncer colorretal avançado

cancer_colorretal_NET_OK.jpgUma nova análise sugere que os pacientes com câncer colorretal metastático mais ativos tem melhores resultados do que aqueles que não praticam atividade física. Em um grande ensaio clínico, os pacientes que no início da quimioterapia relataram praticar o equivalente a 30 minutos ou mais de exercício moderado diariamente tiveram uma redução de 19% na mortalidade e uma redução de 16% na progressão do câncer. O estudo será apresentado no próximo 2017 Gastrointestinal Cancers Symposium.

Segundo os autores, essa análise é a primeira evidência dessa relação em pacientes com câncer colorretal com metástases distantes. Estudos anteriores demonstraram uma ligação entre o exercício regular e melhores resultados em pacientes com câncer colorretal em estágio inicial (sem metástases à distância).
 
"A atividade física pode ser difícil para pacientes com câncer colorretal avançado, mas este estudo mostra que mesmo uma pequena quantidade de exercício pode fazer uma grande diferença", disse Nancy Baxter, especialista da ASCO. "É importante ajudar os pacientes a encontrar maneiras de incorporar exercícios moderados em seu dia a dia, independentemente do estágio de sua doença", afirmou.
 
Segundo Brendan John Guercio, autor do estudo e médico residente do Brigham & Women's Hospital em Boston, essas descobertas sugerem que não é preciso muita atividade física para melhorar os resultados. "Os pacientes podem experimentar uma ampla gama de benefícios com cerca de 30 minutos de exercício por dia", afirmou.
 
Métodos e resultados
 
A análise incluiu 1.231 pacientes inscritos no estudo de fase III CALGB 80405 (quimioterapia em primeira linha para câncer colorretal metastático). No momento em que começaram a receber quimioterapia, os pacientes auto-relataram sua atividade física através de um questionário. Com base em suas respostas, os pesquisadores determinaram o nível de atividade física para cada paciente usando uma medida padrão chamada equivalente metabólico de tarefa (do inglês, MET - metabolic equivalent task) horas por semana, que avalia a energia gasta durante a atividade física.
 
O endpoint primário do ensaio clínico e deste estudo complementar foi a sobrevida global (SG), com sobrevida livre de progressão (SLP) como endpoint secundário.
 
Em comparação com os pacientes envolvidos em menos de três MET-horas/semana de atividade física, os pacientes envolvidos em 18 ou mais MET- horas/semana (o equivalente a 30 minutos por dia de atividade física moderada, como caminhar, limpeza ou jardinagem) experimentaram uma razão de risco ajustada para sobrevida global de 0,81 (95% CI, 0,67 a 0,98, p trend 0,03) e para sobrevida livre de progressão de 0,84 (95% CI, 0,71 a 1,00, p trend 0,03).
 
Em conclusão, o estudo mostrou que os pacientes que passaram mais tempo sendo fisicamente ativos reduziram as taxas de progressão do câncer e morte. Em uma análise exploratória secundária, mais tempo gasto em atividade física não vigorosa, como andar ou cortar grama, foi associado a uma melhor sobrevida. As pessoas que passaram cinco ou mais horas por semana envolvidas em atividades não vigorosas tiveram uma redução de 25% na mortalidade. Entretanto, não houve associação entre atividade física vigorosa, como correr e praticar esportes, e resultados de câncer.
 
O estudo foi apoiado por subsídios do National Institutes for Health.
 
Referência: Abstract 659 - Guercio BJ, et al "Associations of physical activity with survival and progression in metastatic colorectal cancer: Resuslts from CALBG 80405 (Alliance)" GiCS 2017.


 

 
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