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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

ESTRO 33

Novo teste pode prever recorrência do câncer de próstata

Nota1_ESTRO_prostata_3_OK.jpgUma nova "assinatura" genética pode auxiliar a identificar pacientes com câncer de próstata que estão em alto risco de recorrência após cirurgia ou radioterapia. O método foi desenvolvido por pesquisadores do Canadá e apresentado no início de abril na 33ª Conferência da Sociedade Europeia de Radioterapia e Oncologia (ESTRO33), em Viena, Áustria.

Os professores Robert Bristow, da universidade de Toronto, e Paul Boutros, do Instituto de Cancer de Ontário, que lideraram a investigação canadense, lembraram que de 30% a 50% dos pacientes tratados para o câncer confinado à próstata vão recorrer da doença. "Os métodos para identificar os pacientes de alto risco são imperfeitos e queremos ter opções melhores, com valores preditivos mais confiáveis, que podem melhorar as taxas de sobrevida dos pacientes”, disse Bristow.

A equipe canadense desenvolveu uma "assinatura" com base no DNA do câncer de próstata do paciente, que ao longo da investigação mostrou a capacidade de prever com precisão o risco de recorrer da doença após o tratamento com radioterapia ou cirurgia. Características genéticas do tumor e seu microambiente foram analisados a partir da biópsia feita antes do início do tratamento.

"Este é o primeiro teste a utilizar informações obtidas a partir de amostras de biópsia, com capacidade de prever com cerca de 80% de precisão o risco de câncer de próstata recorrente", acrescentou Bristow. Agora, o teste precisa ser empregado em grupos diferentes e maiores de pacientes para corroborar ou não esses achados iniciais. "Se tudo correr bem, dentro dos próximos anos poderemos contar com um novo teste para pacientes com câncer de próstata”, sinaliza.

Os investigadores analisaram o DNA de tecido biopsiado de 126 homens com risco intermediário. Os pacientes foram tratados com radioterapia guiada por imagem (IGRT), que concentra a radiação mais precisamente no tumor, e foram acompanhados por uma média de 7,8 anos. Para analisar o DNA do tecido tumoral, os pesquisadores usaram o exame aCGH, a chamada hibridização genômica comparativa, que analisa todo o genoma do paciente e identifica áreas onde há falhas na assinatura que podem estar associadas ao risco de um câncer recorrente.

Em seguida, os investigadores testaram a assinatura genética de um segundo grupo de 150 pacientes também de risco intermediário de recorrência, submetidos à cirurgia de prostatectomia radical. O teste de assinatura produziu resultados semelhantes aos do primeiro grupo.

Em um estudo secundário, os pesquisadores testaram o teor de oxigênio dos tumores de homens tratados com IGRT e descobriram que isso também teve valor preditivo, independentemente do ensaio de assinatura genética. Tumores com altos níveis de hipóxia foram associados com pior sobrevida.

"Conseguimos descobrir que quando combinamos os achados da assinatura genética com informações adicionais sobre o teor de oxigênio do tumor, o teste torna-se ainda mais preciso", disse Bristow na primeira apresentação do estudo, durante a ESTRO em Viena.

Homens com baixos níveis de alterações genéticas e baixa hipóxia apresentaram o melhor resultado, com 93% de sobrevida em cinco anos. Homens com altos níveis de alterações genéticas e alta hipóxia tiveram resultados piores, com 49% de sobrevida por cinco anos sem recorrência.

O estudo foi financiado pela Movember Foundation do Canadá, pelo Ontario Cancer Research e pela fundação Princess Margaret Cancer Centre. (ESTRO, Abstract nº O-0139)
 

 
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