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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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ELCC 2014

4ª ELCC destaca imunoterapia no tratamento do câncer de pulmão

2014_elcc_quadrado.jpgDurante décadas, cientistas e médicos achavam que a imunoterapia tivesse um benefício apenas marginal no câncer de pulmão. Agora, uma nova era no tratamento do câncer de pulmão está próxima a acontecer e a imunoterapia pode ter papel central nesse novo cenário. A imunoterapia veio para ficar, disseram os especialistas durante a 4 ª Conferência Europeia de Câncer de Pulmão, que aconteceu entre os dias 26 e 29 de março em Genebra, Suíca.

Jean-Charles Soria, oncologista do Instituto Gustave Roussy, França, porta-voz da ESMO e editor-chefe do Annals of Oncology, afirmou que essa classe de medicamentos é mesmo o destaque desta quarta edição, onde as moléculas conhecidas como PD-1 (morte programada 1) e PD-L1 (morte programada do ligante-1) apresentaram resultados encorajadores. "O bloqueio de PD-1 e PDL-1 pode resultar em benefícios surpreendentes e duradouros, com taxas de resposta global de 20% a 25% como monoterapia em câncer de pulmão não-pequenas células metastático. Esses agentes provavelmente se tornarão parte da prática diária para o câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) em um futuro próximo", disse Soria.

O grupo liderado por Armida D'Incecco, do Istituto Toscano Tumori em Livorno, Itália, sugere que a combinação de imunoterápicos com drogas-alvo pode ser benéfica em CPNPC. O grupo estudou a expressão de PD-L1 e PD-1 em 123 pacientes de CPNPC e mostrou que os tumores que expressam PD- L1 tendem a carregar também mutações EGFR, enquanto o PD-1 foi associado ao KRAS mutado. A descoberta oferece suporte para uma investigação mais aprofundada sobre o uso desses imunoterápicos em combinação com terapias-alvo.

Outro estudo que atraiu as atenções destacou as implicações do PD-L1 no tratamento de pacientes com mesotelioma. Os pesquisadores encontraram 89 de 224 amostras de mesotelioma com expressão do PD- L1, e a sobrevida foi significativamente pior nesses pacientes (mediana de 6 meses) em comparação com os pacientes sem expressão PD- L1 (14 meses de mediana de sobrevida).

A busca do equilíbrio entre eficácia e tolerabilidade do tratamento também esteve em evidência. Pesquisadores asiáticos apresentaram uma avaliação da qualidade de vida (QoL) no estudo ENSURE, que compara a sobrevida livre de progressão com erlotinibe versus gemcitabina/cisplatina em pacientes asiáticos com CPNPC e expressão positiva para EGFR. Os resultados mostraram que o erlotinibe foi associado com uma melhor qualidade de vida em todas as funções avaliadas, o que aumenta as evidências do uso do medicamento como primeira linha de tratamento para esse subgrupo de pacientes. A sexualidade, aspecto importante na qualidade de vida do paciente, mereceu uma sessão especial na conferência deste ano. "É hora de médicos e cientistas prestarem mais atenção a esta importante questão", convocou StephaneDroupy, do Hospital Universitário de Nimes, França.

Leia os destaques do 4º ELCC em onconews.com.br, o seu canal de informação e evidência.
 

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