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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 2pm

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Daichii Sankyo

 

ELCC 2014

Imunoterapia e seleção molecular no câncer de pulmão

pulmao_6_OK.jpgUm grupo de pesquisadores italianos e suíços encontrou uma correlação entre a expressão de PD-L1 e a mutação EGFR, bem como entre a expressão de PD-1 e mutações KRAS em um coorte de pacientes molecularmente selecionados com câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC).

Os resultados foram apresentados na 4ª Conferência Europeia de Câncer de Pulmão por Armida D'Incecco, do Departamento de Oncologia do Istituto Toscano Tumori, em Livorno, Itália. Dos 125 pacientes incluídos no coorte, 56 (44,8%) tinham tumores com mutação EGFR; 29 (23,2%) apresentavam KRAS mutado; 10 (8,0%) tinham translocação ALK e 30 (24,0%) eram triplo-negativo com expressão EGFR/KRAS/ALK do tipo selvagem (wt).

A expressão de PD-L1 e PD-1 foi avaliada por imuno-histoquímica, considerando-se como positivo o resultado com intensidade de coloração ≥ 2 em mais do que 5% de células.

O PD-L1 foi avaliado em 123 amostras, com expressão positiva observada em 68 casos (54,4%). Os pesquisadores descobriram que a positividade de PD-L1 foi significativamente associada com a presença de mutações EGFR (p <0,0001), enquanto nenhuma associação foi observada com outros biomarcadores.

O PD-1 foi avaliado em 122 amostras e sua expressão demonstrada em 43 (34,4%) casos. A expressão positiva do PD-1 também foi significativamente associada com KRAS mutado (p = 0,005).

Entre os 95 pacientes tratados com gefitinibe ou erlotinibe, avaliados por análise de resposta, 49 (51,6%) tinham expressão positiva para PD-L1. Na comparação com os pacientes com expressão negativa para PD-L1, esse grupo alcançou taxas de resposta significativamente maiores (61,2% versus 34,8%, p = 0,010) e maior tempo para progressão (11,7 meses contra 5,7 meses, p <0,0001), além de registrar aumento da sobrevida global (21,9 meses versus 12,5 meses, p=0,087).

No subgrupo de 55 pacientes tratados com inibidores de tirosina-quinase EGFR e avaliados por resposta, aqueles que foram PD-L1 positivo (70,9%) mostraram um maior tempo para a progressão (13.0 meses versus 8,5 meses, p = 0,011). A sobrevida global foi de 29,5 meses em PD-L1 positivo em comparação com 21,0 meses em pacientes PD-L1 negativo. No entanto, não foram identificadas diferenças entre os pacientes PD-1 positivo ou negativo.

A expressão de PD-1 e PD-L1 diferem de acordo com as características clínicas e biológicas; pacientes PD-1 positivo foram em sua maioria homens, fumantes, com histologia de adenocarcinoma, KRAS mutado, enquanto os pacientes PD-L1 positivo geralmente eram do sexo feminino, nunca fumantes/ex-fumantes, com histologia de adenocarcinoma, EGFR mutado ou ALK translocado.

Apesar da pequena amostra investigada, a descoberta da correlação entre a expressão de PD-L1 e a mutação EGFR, bem como entre a expressão de PD-1 e mutações no KRAS é um incentivo para a investigação mais aprofundada de agentes imunoterápicos combinados com terapias-alvo.

Referência: Abstract 38O: PD-L1 and PD-1 expression in molecularly selected non-small-cell lung cancer (NSCLC) patients - http://oncologypro.esmo.org/Meeting-Resources/ELCC-2014/PD-L1-and-PD-1-expression-in-molecularly-selected-non-small-cell-lung-cancer-NSCLC-patients
 

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