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AtualizadoQua, 17 Abr 2024 9pm

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Daichii Sankyo

 

Anvisa aprova nivolumabe em câncer de bexiga

BexigaA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o nivolumabe (Opdivo®) para o tratamento de pacientes com câncer de bexiga localmente avançado irressecável ou metastático que já tenham sido previamente tratados com a terapia padrão à base de platina. A aprovação se baseou nos resultados do estudo de fase 2 CheckMate 2751 que avaliou a segurança e a eficácia de nivolumabe como agente único nessa população.

Sobre o estudo

No estudo de fase II CheckMate 275, multicêntrico, de braço único, pacientes com 18 anos ou mais com carcinoma urotelial metastático ou cirurgicamente não-ressecável localmente avançado, doença mensurável (de acordo com RECIST v1.1), ECOG performance status 0 ou 1, e amostras de tumor disponíveis para análise de biomarcadores receberam nivolumabe 3 mg/kg via intravenosa a cada 2 semanas até a progressão da doença e deterioração clínica ou toxicidade inaceitável. O endpoint primário foi a resposta objetiva global confirmada por comitê de revisão independente cego em todos os pacientes tratados e pela expressão de PD-L1 (≥ 5% e ≥1%).

Resultados

Entre 9 de março de 2015 e 16 de outubro de 2015, 270 pacientes de 63 instituições de 11 países receberam nivolumabe, sendo avaliados quanto à atividade 265 pacientes. A mediana de follow-up da sobrevida global foi de 7 meses (IQR 2,96 – 8,77). A resposta objetiva confirmada foi alcançada em 52 (19,6%, 95% IC; 15 - 24,9) de 265 pacientes. A resposta objetiva confirmada foi alcançada em 23 (28,4%, 95% IC 18,9 – 39,5) dos 81 pacientes com expressão de PD-L1 de 5% ou superior, 29 (23,8%, 95% IC; 16,5 – 32,3) dos 122 pacientes com expressão de PD-L1 de 1% ou maior e 23 (16,1%, 95% IC 10 · 5-23 · 1) dos 143 pacientes com expressão de PD-L1 menor que 1%.

Os eventos adversos de graus 3/4 relacionados ao tratamento ocorreram em 48 pacientes (18%). Os mais comuns foram fadiga e diarreia de grau 3, que ocorreram em cinco pacientes. Três mortes foram atribuídas ao tratamento (pneumonite, insuficiência respiratória aguda e insuficiência cardiovascular).

Os autores concluíram que nivolumabe em monoterapia proporcionou um benefício clínico significativo, independentemente da expressão de PD-L1, e foi associado a um perfil de segurança aceitável em pacientes previamente tratados com carcinoma urotelial metastático ou cirurgicamente não ressecável.

O carcinoma urotelial é o tipo mais comum de câncer de bexiga, tumor que em 2012 acometeu aproximadamente 430 mil pessoas em todo o mundo e foi responsável globalmente por 165 mil mortes. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA)2, o Brasil deve registrar 9.480 casos de câncer de bexiga em 2018, sendo 6.690 em homens e 2.790 em mulheres.

O estudo está registrado em ClinicalTrials.gov, NCT02387996.

Referências:

1 - Nivolumab in metastatic urothelial carcinoma after platinum therapy (CheckMate 275): a multicentre, single-arm, phase 2 trial - Padmanee Sharma et al - DOI: http://www.thelancet.com/journals/lanonc/article/PIIS1470-2045(17)30065-7/fulltext

2 – Estimativas INCA 2018

 


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