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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 2pm

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Daichii Sankyo

 

INCA e ITC mostram números do controle do tabaco no Brasil

antifumo OKO International Tabacco Control (ITC), projeto que avalia políticas de controle do tabaco em 28 países, anunciou os resultados de estudo inédito sobre o controle do tabagismo no Brasil. Essa é a terceira edição da pesquisa e considerou uma amostra de 1358 fumantes e 470 não-fumantes, no período de 2009 a 2016/17. Os dados foram apresentados durante o congresso INCA 80 anos e mostram que 49% dos fumantes brasileiros planejam deixar de fumar nos próximos seis meses.

“Nosso desafio é ampliar o acesso desses fumantes ao tratamento, umas das intervenções médicas mais custo-efetivas”, avalia Tânia Cavalcante, secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq)/INCA.

O estudo do ITC também revelou um ambiente bastante favorável ao fortalecimento de políticas anti-tabaco, indicando que 68% dos fumantes e 77% dos não-fumantes pesquisados apoiam novas ações governamentais para a proibição total de produtos tabaco-relacionados nos próximos 10 anos. De acordo com a pesquisa, 72% dos entrevistados concordam com a proibição de displays de cigarros em estabelecimentos comerciais e quase a metade (49%) apoia a adoção de embalagens ‘genéricas’ padronizadas. “Acho que o Brasil alcançou um grande objetivo, porque hoje não existe mais aprovação social ao tabagismo. As pessoas sabem que é uma droga que causa dependência e morte”, afirma Cristina Perez, coordenadora do projeto no Brasil.

O trabalho também mostrou que 49% dos fumantes planejam deixar de fumar nos próximos seis meses, índice considerado alto, à frente de diversos países desenvolvidos. No entanto, apenas 25% dos fumantes que estiveram em uma consulta foram aconselhados a deixar de fumar. “Precisamos que os profissionais de saúde dediquem importância a essa questão. Precisamos estar capacitados para fazer essa abordagem, perguntar se as pessoas fumam, e não apenas reforçar a necessidade de interromper o tabagismo, mas informar como parar de fumar. Essa ênfase do profissional de saúde aumentaria muito o índice de cessação do tabagismo no Brasil”, explica Cristina.

Segundo Ana Cristina Pinho, diretora-geral do INCA, apesar da redução importante no número de fumantes e de mortes tabaco-relacionadas, o Brasil ainda pode avançar em  políticas estratégicas. “Esse estudo mostra claramente quais são as duas políticas onde o Brasil precisa de ajustes. Mudar as imagens de advertência e ampliá-las para a parte frontal das embalagens de cigarros, e caminhar para o maço genérico, que já é uma realidade em alguns países. Além disso, é muito importante que as políticas de preços de impostos sejam mantidas e que se ratifique o protocolo de eliminação do comercio ilícito de produtos do tabaco”, concluiu.


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