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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Risco e vigilância no carcinoma hepatocelular

Carcinoma_Hepatocelular_NET_OK.jpgEstudo que avaliou mais de 30 mil pacientes mostrou que mesmo após a cura do vírus da hepatite C o risco de carcinoma hepatocelular permanece relativamente elevado, com uma taxa de 0,33% ao ano, o que segundo os autores justifica a vigilância ativa. Os dados foram publicados no Hepatology.

Um número crescente de pacientes com infecção por vírus da hepatite C (HCV) tem sido curado com novos e eficazes regimes de tratamento, e apesar da resposta virológica sustentada (RVS) ter demonstrado reduzir o risco do carcinoma hepatocelular (HCC), a magnitude dessa redução é indeterminada.

Os dados desse grande estudo prospectivo mostram que o avanço da idade e/ou a presença de cirrose no momento da resposta virológica sustentada (RVS) estão associados com um risco de 0,33% ao ano de desenvolver carcinoma hepatocelular após a cura do vírus da Hepatite C, taxa suficientemente alta para justificar a vigilância. Outros preditores significativos incluíram etnia hispânica e a presença de diabetes.

O estudo realizado com pacientes do U.S. Veterans Affairs Healthcare System avaliou o risco e os fatores preditivos do desenvolvimento de carcinoma hepatocelular (HCC) entre pacientes que receberam tratamento para a infecção por vírus da hepatite C com regimes à base de interferon (com ou sem ribavirina) e alcançaram resposta virológica sustentada (teste de RNA negativo por, pelo menos, 12 semanas após o final do tratamento).

Foram identificados 33.005 indivíduos infectados pelo HCV que receberam tratamento, dos quais 10.817 alcançaram resposta virológica sustentada. Entre estes pacientes (95% homens, 64% brancos) foram identificados 100 casos incidentes de CHC durante um seguimento total de 30,562 pessoas-ano para uma taxa de incidência global de 0,33% ao ano, significativamente menor do que a incidência de pacientes que não conseguiram resposta virológica sustentada (1,3%).

O risco anual de CHC permaneceu consideravelmente alto entre os pacientes com cirrose (1,39%) e os curados após 64 anos de idade (0,95%). Os pacientes com diabetes (HR ajustado = 1,88; 1.21-2.91) ou infecção genótipo 3 (HR ajustado = 1,62; 0,96-2,734) também foram significativamente mais propensos a desenvolver carcinoma hepatocelular.

Os resultados sublinham a importância de continuar o rastreamento de CHC em pacientes com cirrose, mesmo após a erradicação do vírus da hepatite C, e fortalecem ainda mais o argumento para o tratamento precoce da infecção pelo vírus, antes que a fibrose avançada se desenvolva.

Referência: Risk of hepatocellular carcinoma after sustained virological response in Veterans with hepatitis C virus infection - Hashem B. El-Serag,FasihaKanwal,Peter Richardson, Jennifer Kramer - Hepatology 2016 Jul; 64:130. (http://dx.doi.org/10.1002/hep.28535)
 


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