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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Estratificação de risco no câncer de ovário

EVA_logo_300px.jpgO grupo italiano de pesquisa em câncer de ovário (MITO) apresentou os dados do estudo que avaliou a expressão de miRNA em câncer de ovário (MiROvaR) em um modelo que se mostrou um preditor potencial da progressão, com valor prognóstico independente de co-variáveis ​​clínicas relevantes. Os resultados foram publicados no Lancet Oncology. A oncologista Angélica Nogueira Rodrigues, presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA/GBTG), comenta para o Onconews.

O risco de recidiva ou progressão permanece elevado na maioria dos pacientes com câncer epitelial de ovário e o desenvolvimento de um preditor molecular pode ser uma ferramenta valiosa para a estratificação de risco. “No mundo são diagnosticados cerca de 240 mil novos casos de câncer epitelial de ovário (CEO) por ano, e destes, mais de 140 mil recidivam, uma vez que a maioria das pacientes é diagnosticada em estágios avançados da doença”, afirma Angélica.
 
O estudo
 
Foram analisados ​​os perfis de expressão de miRNA em três coortes de pacientes com CEO (carcinoma epitelial de ovário), com amostras coletadas no momento do diagnóstico. Foram consideradas 179 amostras de um ensaio multicêntrico italiano (coorte OC179) para desenvolver o modelo. A validação considerou 263 amostras de dois centros de câncer (coorte OC263) e 452 amostras do Cancer Genome Atlas (coorte OC452). O endpoint primário foi sobrevida livre de progressão. Análise multivariada (Cox) avaliou os miRNAs que foram capazes de predizer o risco de progressão ou recidiva.
 
O estudo identificou 35 miRNAs capazes de predizer o risco de progressão ou recidiva, que foram usados para criar o modelo prognóstico, o microRNA-based signature (MiROvaR). O MiROvaR foi capaz de classificar um grupo de pacientes de alto risco em OC179 (89 pacientes; mediana de sobrevida livre de progressão de 18 meses [95% CI 15-22]) e um grupo de baixo risco (90 pacientes, a sobrevida livre de progressão mediana de 38 meses; hazard ratio [HR] 1 · 85 [1 · 29-2 · 64], p = 0 · 00082). MiROvaR foi um preditor significativo de progressão nos dois conjuntos de validação (OC263 HR 3·16, 95% CI 2 · 33-4 · 29, p <0 · 0001; OC452 HR 1 · 39, 95% CI 1 · 11-1 · 74, p = 0 · 0047) e manteve seu efeito prognóstico independente quando ajustado para co-variáveis ​​clínicas relevantes usando análise multivariada (OC179: ajustado HR 1 · 48, 95% CI 1 · 03-2 · 13, p = 0 · 036; OC263: ajustado HR 3 · 09 [2 · 24-4 · 28], p <0 · 0001; e OC452: HR 1 · 41 [1 · 11-1 · 79], p = 0 · 0047).
 
O modelo tem potencial preditivo para recorrência ou progressão do câncer de ovário e também prognóstico. Os autores recomendam novos estudos para corroborar esses achados iniciais. “A identificação da paciente com maior risco de recidiva traz também a perspectiva de estudos direcionados a esta população, possivelmente maior beneficiária de esquemas mais intensos de tratamento adjuvante e de manutenção”, conclui a presidente do EVA/GBTG.
 
O estudo foi financiado pela Associação Italiana para Pesquisa em Câncer e pela Fundação CARIPLO.
 
Referência: Development and validation of a microRNA-based signature (MiROvaR) to predict early relapse or progression of epithelial ovarian cancer: a cohort studyDOI: http://dx.doi.org/10.1016/S1470-2045(16)30108-5.
 


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