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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Estudo CASTOR: daratumumab em MM recidivado ou refratário

Lenalidomida_dexametasona_NET_OK.jpgUm destaque em mieloma múltiplo que deve concentrar as atenções na ASCO são os dados do estudo de fase III CASTOR, selecionado como late breaking abstract para apresentação na sessão plenária oral do dia 5 de junho. O estudo avalia os dados de segurança e eficácia de daratumumab, um anticorpo monoclonal anti-CD38, em combinação com bortezomib e dexametasona versus bortezomib e dexametasona isolados em pacientes com mieloma múltiplo recidivado ou refratário.

O daratumumabe já havia sido pesquisado como tratamento único (estudo SIRIUS) em pacientes já submetidos a um mínimo de três linhas de tratamento, incluindo inibidores de proteassoma e agentes imunomoduladores, e trouxe resultados muito favoráveis, particularmente avaliando taxa de resposta e sobrevida livre de progressão, o que levou a agência norte-americana a aprovar o medicamento como monoterapia para esse grupo de pacientes. “Esta aprovação tem um grande impacto porque esse é um grupo de pacientes que praticamente já tinha esgotado qualquer alternativa de tratamento. E o que foi mais surpreendente é sua atuação como monoterapia, sem associação com nenhuma outra droga”, afirma Ângelo Maiolino, chefe do Serviço de Hematologia e Transplante de Medula Óssea da Faculdade de Medicina da UFRJ.

Estudo CASTOR 

498 pacientes foram incluídos no estudo. Bortezomib foi administrada subcutaneamente a 1,3 mg/m2 nos dias 1, 4, 8, e 11 de cada ciclo de 21 dias por um máximo de 8 ciclos. Os pacientes receberam 20 mg de dexametasona via oral nos dias 1, 2, 4, 5, 8, 9, 11, e 12 dos primeiros 8 ciclos de tratamento de bortezomib. Daratumumab foi administrado a 16 mg / kg por semana por via intravenosa (IV) durante os primeiros 3 ciclos, no dia 1 dos ciclos de 4 a 9, e depois a cada 4 semanas. O tratamento foi administrado até progressão da doença ou toxicidade inaceitável.
 
No dia 30 de março uma análise interina pré-especificada realizada por um Comitê de Monitoramento de Dados Independente recomendou interromper o estudo, e os pacientes originalmente atribuídos ao grupo de tratamento bortezomib e dexametasona passaram a receber daratumumab até a progressão confirmada da doença. Os pacientes continuam sendo monitorados para a segurança e sobrevida global.
 
O estudo atingiu o endpoint primário de melhorar a sobrevida livre de progressão (SLP); Hazard Ratio (HR) = 0.39, p<0.0001. A mediana de sobrevida livre de progressão para os pacientes tratados com daratumumab ainda não foi alcançada, em comparação com uma mediana de SLP de 7,2 meses para os pacientes que não receberam daratumumab.
 
“A análise interina mostrou uma diferença enorme na sobrevida livre de progressão para o grupo tratado com daratumumabe quando comparado com o grupo tratado apenas com velcade e dexametasona. Hoje, eu diria com bastante segurança, baseado no estudo CASTOR, que a combinação de velcade e dexametasona não é boa para tratar esse grupo de pacientes. Isso mostra uma tendência para a combinação de três drogas”, afirma Maiolino.
 
Segundo o especialista, atualmente existem diversas combinações com novos medicamentos nesse cenário, como carfilzomibe, elotuzumabe e ixazomibe, todos aprovados no ano passado. “Não temos uma terapia standard para esse grupo de pacientes. O que existe hoje no mieloma múltiplo é um conjunto de drogas novas e muito eficazes, e o especialista precisa verificar a melhor combinação baseado em algumas premissas como acesso, custo-efetividade, efeitos adversos e segurança do paciente. Por exemplo, pacientes com comprometimento renal podem ter um benefício maior com a combinação com inibidores de proteassoma. Em pacientes com muita mielotoxicidade, com muita neuropatia periférica, deve ser evitado o uso do velcade. Além disso, para pacientes com alterações citogenéticas de alto risco, o benefício das combinações com três drogas se mostrou muito superior e parece ser uma tendência bem clara”, conclui.
 
Referência: Phase 3 randomized controlled study of daratumumab, bortezomib and dexamethasone (DVd) vs bortezomib and dexamethasone (Vd) in patients (pts) with relapsed or refractory multiple myeloma (RRMM): CASTOR study - Abstract # LBA4, Oral presentation, Sunday, June 5 at 3:10PM-3:25PM CDT
 
  
 
 

 
 
 
 
 


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