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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Coberturas Especiais

StaMINA: Intervenções adicionais não trazem benefícios no mieloma múltiplo

ASH_Sangue_NET_OK_2.jpgOs resultados do estudo StaMINA apresentados na 58ª Reunião Anual da American Society of Hematology (ASH), em San Diego, sugerem que intervenções adicionais não melhoram as taxas de sobrevida livre de progressão em pacientes com mieloma múltiplo em comparação com o padrão atual de tratamento isolado. O estudo é o maior ensaio clínico randomizado de terapia pós-transplante em mieloma múltiplo já realizado nos Estados Unidos.

Para os indivíduos fisicamente aptos abaixo de 70 anos, o tratamento padrão do mieloma múltiplo consiste em um curso de terapia inicial com combinações de inibidores de proteassoma, análogos da talidomida, corticosteróides e agentes alquilantes, seguido de altas doses de quimioterapia com melfalano; transplante de células-tronco hematopoiéticas do próprio paciente (autoHCT); e tratamento contínuo com lenalidomida para prevenir a recorrência.
 
Nesse contexto, o papel de intervenções adicionais após o autoHCT, como um novo autoHCT (tandem)ou a terapia de consolidação tripla (incluindo os medicamentos dexametasona e bortezomib, além de lenalidomida), continuava indeterminado.
 
"Os resultados desse estudo são importantes porque respondem a uma pergunta que tem sido contínua e não foi comparada head-to-head: a adição destas intervenções resulta em uma verdadeira vantagem para estes pacientes?", disse o autor do estudo Edward A Stadtmauer, do Abramson Cancer Center, da Universidade da Pensilvânia.
 
Método e resultados
 
Entre junho de 2010 a novembro de 2013 o estudo randomizou aleatoriamente (1:1:1) 758 pacientes elegíveis a transplante com mieloma múltiplo sintomático e idades entre 20-70 anos (mediana de 57 anos), no prazo de 12 meses após o início da terapêutica e sem progressão prévia, para receber melfalano 200mg/m2 + autoHCT e
 
De junho de 2010 a novembro de 2013, pesquisadores de 54 centros recrutaram 758 pacientes elegíveis para transplante com mieloma múltiplo sintomático. Os pacientes, todos dentro de 2 a 12 meses de terapia inicial e sem progressão prévia, foram aleatoriamente designados (1:1:1) para receber tratamento padrão (melfalano 200mg/m2 AHCT) + 4 ciclos de consolidação tripla (RVD – lenalidomida, dexametasona e bortezomib) (ACM, n=254); versus tratamento padrão + Tandem auto-HCT (TAM, n=247); vs autoHCT (AM, n=257).
 
Todos os braços incluíram a manutenção de lenalidomida (na dose máxima tolerada de 5 a 15 mg via oral diariamente até à progressão), com modificações de dose para toxicidades. Dos inscritos, 24% foram classificados como alto risco.
 
O endpoint primário foi a comparação da sobrevida livre de progressão em 38 meses nos três braços. Os eventos para SLP incluíram progressão, terapia anti-mieloma não-protocolo ou morte.
 
Resultados
 
As taxas de não cumprimento após o primeiro autoHCT foram de 12% (ACM), 32% (TAM) e 5% (AM). O seguimento médio avaliável da randomização foi de 38 meses, e prossegue até janeiro de 2017. A probabilidade estimada de SLP em 38 meses foi de 57% (ACM - 95% CI: 50-63%), 56% (TAM - 95% CI: 49-63%) e 52% (AM - 95% CI: 45-59%).
 
As probabilidades correspondentes de sobrevida global foram 86% (95% CI: 80 - 90%), 82% (95% CI: 76 - 87%) e 83% (95% CI: 78 - 88%). A mediana de sobrevida global não foi atingida. A incidência cumulativa de progressão da doença aos 38 meses foi de 42% (95% CI: 36 - 48%), 42% (95% CI: 35 - 48%) e 47% (95% CI: 40 - 54%) para os braços ACM, TAM e AM, respectivamente.

"O estudo mostrou que em pacientes com mieloma múltiplo, o que importa é levar ao transplante autólogo e fazer manutenção. O assunto continua em discussão, pois o grupo europeu mostrou a importância da consolidação", afirmou Nelson
Hamerschlak, hematologista do Hospital Israelita Albert Einstein.   

A análise final e a análise dos resultados secundários, incluindo os indicadores de qualidade de vida, o grau de resposta da doença e a evidência de toxicidade estarão disponíveis após todos os pacientes terem completado 38 meses de seguimento. Os pesquisadores acompanharão os pacientes em um estudo de acompanhamento para avaliar as tendências e os resultados a longo prazo.

O estudo foi financiado pela Blood and Marrow Transplant Clinical Trials Network. O financiamento adicional foi fornecido por Celgene e Takeda Oncology, fabricantes de lenalidomida e bortezomib, respectivamente.
 
Referência: LBA-1 Comparison of Autologous Hematopoietic Cell Transplant (autoHCT), Bortezomib, Lenalidomide (Len) and Dexamethasone (RVD) Consolidation with Len Maintenance (ACM), Tandem Autohct with Len Maintenance (TAM) and Autohct with Len Maintenance (AM) for up-Front Treatment of Patients with Multiple Myeloma (MM): Primary Results from the Randomized Phase III Trial of the Blood and Marrow Transplant Clinical Trials Network (BMT CTN 0702 – StaMINA Trial)
 

 

 
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