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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Coberturas Especiais

Vigilância ativa no câncer de próstata de risco intermediário associada à diminuição da sobrevida

ASCO_prostata_1.jpgUma análise dos dados de 945 pacientes com câncer de próstata sob vigilância ativa mostra diferenças nos resultados em pacientes de risco baixo ou intermediário no momento do diagnóstico. 

Em comparação com pacientes com doença de baixo risco, aqueles com câncer de risco intermediário (PSA>10ng/ml/ Gleason 7 ou estadio clínico T2b/2c) tiveram aproximadamente quatro vezes mais chance de morrer de câncer de próstata no prazo de 15 anos. O estudo foi apresentado no 2015 Genitourinary Cancers Symposium, entre os dias 26 e 28 de fevereiro em Orlando, Flórida.

"Para os pacientes com câncer de próstata de baixo risco sob vigilância ativa, o risco de morrer de câncer de próstata também é baixo, o que valida esta abordagem neste grupo de pacientes. Mais pesquisas, no entanto, são necessárias para melhor caracterizar os pacientes de risco intermediário que podem ser monitorados em um programa de vigilância", disse Andrew Loblaw, radio-oncologista do Sunnybrook Health Sciences Centre, em Toronto, Canadá.

A vigilância ativa é uma abordagem padrão globalmente reconhecida para pacientes com câncer de próstata de baixo risco e pacientes com risco intermediário. O Cancer Care Ontario lançou recentemente diretrizes recomendando vigilância ativa como abordagem preferencial para pacientes de baixo risco. Os pacientes em vigilância ativa passam por exames clínicos, exames de toque retal, medições de PSA e repetidas biópsias de tumores.

Segundo os autores, este é o primeiro estudo a examinar os resultados de longo prazo de pacientes de câncer de próstata com baixa risco versus pacientes de risco intermediário sob vigilância ativa.

Métodos e resultados

Os participantes foram identificados a partir de um banco de dados e informações de 945 pacientes foram coletadas prospectivamente (237 com câncer de risco intermediário e 708 com câncer de baixo risco) tratados em vigilância ativa no Sunnybrook Health Sciences Centre, no Canadá, entre 1995 e 2013. A intervenção foi oferecida a esses pacientes com a duplicação do tempo de PSA de <3 anos, escala Gleason ou progressão clínica. A sobrevida global (SG), sobrevida de causa específica para risco intermediário e baixo risco foram analisadas, bem como sobrevida livre de metástases e sobrevida livre de tratamento para pacientes de risco intermediário.

237 pacientes (23,9%) tinham doença de risco intermediário, com um seguimento médio de 6,9 ​​anos (IQR 3.89, 10.85). 708 pacientes apresentavam câncer de baixo risco com um seguimento médio de 6,4 anos (IQR 3,76, 9,03). 61,2% da coorte de risco intermediário tinha mais de 70 anos. 86 pacientes (36,3%) de risco intermediário receberam tratamento (principalmente a radiação).

O intervalo de tempo da mediana sem tratamento para pacientes de risco intermediário foi de 12,3 anos (variação 10,1-19,8). 33 pacientes de risco intermediário desenvolveram falha bioquímica e 17 apresentaram doença metastática [11 pts risco intermediário (4,6%) e 6 pts baixo risco (0,8%)].

A sobrevida global em 10 e 15 anos foi de 68,4% e 50,3% para pacientes com risco intermediário; e 83,6% e 68,8% para pacientes de baixo risco (valor p<0,0001). A sobrevida de causa específica em 10 e 15 anos foi de 95,5% e 88,5% para risco intermediário; e 98,2% e 96,3% para pacientes de baixo risco (valor p=0,006). A taxa de risco para pacientes de risco intermediário vs pacientes de baixo risco foi de 2,08 para sobrevida global e 3,75 para sobrevida de causa específica.

Pacientes com risco intermediário tiveram 3,75 vezes mais chance de morrer de câncer de próstata quando comparados com pacientes de baixo risco (11,5% versus 3,7% em 15 anos, respectivamente). Taxas de sobrevida livre de metástase e sobrevida livre de tratamento em 10 anos foi 92,1% (87,4-97,1%) e 58,5% (51,6-66,4%) na coorte de pacientes de risco intermediário. Os resultados de sobrevida não variaram de acordo com o ano de inscrição do paciente.

Os pesquisadores concluíram que a vigilância ativa para câncer de próstata de risco intermediário tem taxas de sobrevida global e sobrevida de causa específica significativamente menores em comparação com pacientes de baixo risco.

O estudo recebeu financiamento da Fundação Prostate Cancer Research (agora Prostate Cancer Canada) e do Sunnybrook Health Sciences Centre.

Referência: Abstract 163 - Cautionary tale of active surveillance in intermediate-risk patients: Overall and cause-specificsurvival in theSunnybrookexperience. 

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